domingo, 3 de janeiro de 2016

A verdade é que eu te queria há imenso tempo. Lembro-me bastante bem da primeira vez que reparei em ti.  Estava ao portão da escola com uma amiga e tu passaste, tinhas namorada naquela altura e gostavas muito dela - disse-me a minha amiga.  Compreendi e esqueci o assunto.  Até que já não estavas com ela. Voltei-te ao ver e dessa vez vi-te ainda mais de perto. Tão perto,que o teu toque permaeceu na minha cabeça. E assim foi, uma fogosa troca de toques, durante mais de um ano.
Depois o amor.  Amor esse que me possuiu. Amei-te mesmo. Mas depois tudo desabou. E acabou. Claro que não foi tão rapido, mas o fim foi bem repentino.
Lembrei-me de ti, desta vez, porque pasados 4/5 meses, voltei-te a ver. Lindo como sempre. Mas tal como a tua beleza não se alterou,  a tua atitude de merda também não. Calhou estarmos no memo sítio. Ao ver-te disse olá e segui caminho.  O meu olá não te bastou. Querias perturbar-me, querias a minha atenção. E conseguiste, perturbaste-me. Cá estou eu a pensar porque razão agiste daquela maneira. Porque querer a atenção de alguém se já não  se tem qualquer interesse a pessoa. E cá estou eu a pensar que talvez eu ainda seja alguma coisa na tua vida. Não sou.  É impossível. Eu senti-te a deixares de gostar de mim, tu próprio acabaste comigo e me disseste que já não gostavas de mim. Então pra que foi aquilo tudo? É ridiculo.  Mas sim, se a tua intenção era perturbar-me, conseguiste.  Já não  te amo, no entanto, acho que estou naquela fase de raiva intensa.  Passados tanto tempo, ainda não me deixas em paz, ainda invades o meu espaço e a minha mente. Odeio isto.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Hoje fiz algo que se calhar não devia ter feito. Ou se calhar ainda bem que o fiz. Passados 5 meses, decidi reler as nossas mensagens. Não, ainda não as apaguei. Desta vez, quando acabaste comigo, decidi não apagar as nossas mensagens, como sempre o fiz. Senti que a nossa relação chegou a um ponto tal, que eu um dia iria precisar de provas para acreditar nisso.
Hoje vi as nossas mensagens. Vi desde aquelas em que me chamavas de fofinha e me dizias que gostavas muito de mim, até aquelas em que me afirmaste que já não gostavas de mim. Isto num espaço de meses. Nunca tinha tido coragem de as voltar a ler. Estavam lá, guardadas, à minha espera. E hoje li-as. São o relato mais físico da nossa relação. Tive saudades nossas hoje e decidi lê-las. Percebi que já não gostavas de mim ha muito tempo. Percebi que ao deixares de gostar de mim, tornaste-te numa pessoa que não quero ter ao meu lado. Em tempos foste o meu príncipe. A nossa vida era cor-de-rosa. Eu amava-te e tu também, talvez. ... Vivíamos felizes. Mas com o tempo, tudo se foi perdendo e a monotonia começou a dominar. Tenho vergonha do ponto ao que me permiti chegar. Por ter medo de te perder, fechei os olhos a demasiadas coisas. Erros teus e meus. Já não gostavas de mim há muito tempo. Como é que alguém pode aceitar isso? Como aceitar que quem amas, já não te ama ? Ainda hoje custa-me aceitar que o nosso amor se perdeu.
Tenho medo disso. Tenho medo desta réstia de esperança que ainda reside em mim. Esperança da enormidade do nosso amor não ter acabado, mas sim, ter-se apagado por uns momentos. Porque o amor só o encontras uma vez e porque o amor é para sempre. Será assim mesmo ? Não sei. Tenho medo de alimentar uma imagem nossa no futuro, ainda que sinta que já não te ame. Tenho medo que seja preciso apenas um beijo teu para despertar tudo, novamente. Tenho medo de admitir que tu já não eras bom para mim. Tenho medo que isso seja verdade. Tenho medo de estar a acreditar num futuro diferente. Eu, tu, nós. Dois. Um. Um. Tenho medo por ter medo. Tenho medo de não voltar a amar com cada bocadinho do meu corpo. É ridículo, mas e se não voltar a amar como te amei a ti ? O que é que eu posso fazer para deixar de ter medo ? Quero fugir de ti. Quero ser fria, um bloco de pedra. Tenho medo que me toquem e que aquele toque me fique marcado, da mesma maneira como o teu ficou. Tenho medo de voltar a apaixonar-me pela voz, pelos abraços, pela maneira de andar. Tenho medo que outro alguém ocupe o lugar que já foi teu.
Tenho medo e choro por ter medo. Gostava de ter alguém na minha vida. Mas e se eu não encontrar ninguém que seja ainda melhor que tu ? Alguém com quem as oportunidades de viver sejam infinitas. Alguém com quem eu me partilhe a mim própria, no meu todo danificado, louco e por vezes ridículo. Sonho com o dia em que voltarei a sorrir com todo o meu corpo, devido a um amor inexplicavelmente imenso. Não sei o que fazer.

sábado, 17 de outubro de 2015

Foi bonito. Mesmo bonito. Nós éramos bonitos. Muito. A nossa felicidade era vista à distancia. O meu sorriso não me cabia nos labios. O meu coração era todo teu. Eu era toda tua. Éramos um do outro. Partilhávamos uma energia qualquer, que me levava à exaustão. Até quando discutíamos, éramos lindos. O mundo inteiro estava aos nossos pés. E estava mesmo. Bastava dar-te a mão e começar a caminhar. Enquanto juntos caminhamos, tudo tinha um brilho nunca antes visto. Éramos nós, éramos felizes, éramos amor. Mas depois quiseste parar. Eu parei contigo. Foi esse o nosso erro. Ao parar tornámo-nos mais um bocado do mundo. Passámos a ser nós e eles. Todos os dias a felicidade diminuía, eu continuava a querer mais contigo. Mais caminhos, mais vida. Mais tudo. Com o tempo deixaste de querer o mesmo que eu. Até que, um dia, deixaste de me querer. E pronto. Acabou. Até que acabou mesmo. Mesmo. Não foi bonito. O nosso fim foi triste. Foi o que foi.
Agora, ainda não estou plenamente feliz. Olho para as nossas fotos e tenho medo. Tenho medo de não voltar a amar tanto alguém como te amei a ti. Tu aoagaste qualquer sentimento que antes tinha sentido. Contigo tudo parecia ser novidade. Cada beijo era uma descoberta e um mar de intenso amor. Não, não tenho saudades tuas. Tenho saudades nossas. Daqueles momentos que ninguém me tira. Não sei se algum dia amarei como te amei. Isso é assustador. Dizem que só temos um "amor das nossas vidas". Terás sido o meu? Não sei, mas não deixa de ser assustador. Sinto-me um bocado só.. Isso também é assustador. Tudo o que sinto hoje é assustador... Até um dia.